O Hospital do Espírito Santo de Évora, EPE (HESE) é a maior e principal unidade hospitalar do território alentejano, aquela que oferece maior diferenciação e que, para além de receber os utentes do Alentejo Central (152.865 habitantes), trata cada vez mais doentes provenientes do Alto Alentejo, Baixo Alentejo e Alentejo Litoral (345.939 habitantes), num total de 498.804 habitantes (estimativa Eurostat, 2019).
Com a transformação em Entidade Empresarial (ano 2006), o HESE passou por uma profunda transformação ao nível das instalações físicas, da organização interna e da diferenciação das suas valências, aumentando a oferta de cuidados mais diferenciados à população e suprimindo algumas das carências existentes na região. Ao longo de 2020 e inícios de 2021, o HESE também foi adaptando as suas instalações de modo a responder à crescente epidemia e posterior pandemia causada pelo vírus SARS-CoV-2, tendo sido criadas também condições para o internamento em Enfermarias e Unidades de Cuidados Intensivos de doentes com Covid-19.
O HESE, para além do bom desempenho registado nas análises de Benchmarking elaboradas periodicamente pela ACSS (onde destacamos p.e. o excelente comportamento em termos de primeiras consultas realizadas em tempo adequado e da demora média pré-operatória), mostra ainda valores de atividade de referência, apesar de todos os constrangimentos relacionados com a pandemia que ainda vivemos hoje em dia, o que significou a redistribuição de esforços para o combate à mesma:
- Em 2020 verificou-se uma manutenção na generalidade das linhas de produção do HESE, em grande parte devido à suspensão de actividades causada pela pandemia. O número de doentes saídos do internamento situou-se nos 11.000 em 2020;
- No que concerne ao número de Intervenções Cirúrgicas, a tendência crescente manteve-se ao longo dos anos, de tal forma que em 2019 realizaram-se praticamente o dobro das intervenções de 2008 e mais 13.7% do que em 2018 (18.530 intervenções cirúrgicas, em 2019). Apesar das dificuldades sentidas ao nível de recursos humanos no Bloco Operatório, com o esforço dos profissionais do HESE, conseguimos ultrapassar a atividade realizada em 2018. A actividade cirúrgica foi uma das áreas mais afectadas pela pandemia, sendo que a tendência crescente foi interrompida em 2020, onde o número de intervenções diminuiu 22.6%, para 14.346;
- A linha de produção de Consultas Externas teve grande desenvolvimento no HESE, aumentando significativamente a atividade assistencial (158.642 consultas em 2008 para 213.610 em 2019, +34.6%, correspondendo a +54.968 consultas);
- Em 2018, as Urgências tiveram uma afluência de aproximadamente 74.000 doentes/ano. No ano 2019 os níveis de afluência ultrapassaram os 74.500 episódios de Urgência, um ligeiro aumento relativamente a 2018;
- Relativamente à produção em Hospital de Dia, registou-se em 2019 uma atividade praticamente semelhante à de 2018;
- Ao nível dos MCDT’s, o HESE, no total das diferentes áreas, fez cerca de 2,5 milhões de procedimentos procurando no exterior apenas aqueles cujas impossibilidades técnicas ou de recursos humanos assim o exigiram.
Toda esta atividade é apenas possível com uma equipa de profissionais extremamente dedicada que tem transformado todas as dificuldades em motivação para melhor responder às necessidades dos seus utentes, assim como ao grande desafio imposto pelo novo Coronavírus.